Vírus americano atingiu usina nuclear russa e Estação Espacial

Há algum tempo, o governo dos Estados Unidos criou um malware, conhecido como Stuxnet, que tinha como objetivo atingir as usinas atômicas do Irã e impedir o desenvolvimento da tecnologia nuclear no país. Obviamente o vírus perdeu o controle e já está se espalhando livremente e o caso mais perigoso conhecido é de uma usina nuclear na Rússia.

“Tudo o que você faz é um bumerangue e acaba voltando”, conta Eugeney Kaspersky, especialista em segurança fundador da empresa que carrega seu sobrenome. Ele falou sobre o assunto durante a Canberra Press Club 2013, na Austrália.

A informação foi repassa a ele por um amigo, que trabalha na usina que não foi identificada. Este contato lhe enviou uma mensagem contando que a rede interna, que nem mesmo tem contato com a internet externa, foi severamente infectada pelo Stuxnet.

Isso porque o vírus não é replicado apenas pela rede. Ele também se aproveita de pendrives e CDs para se multiplicar. Desta forma, o malware chegou até mesmo a infectar a ISS (Estação Espacial Internacional), quando astronautas levaram um pendrive infectado. Eugeney Kaspersky revela que isso acontece “de tempos em tempos”, conforme confidenciou a ele um membro do programa espacial russo.

Desta forma, se até o espaço o vírus já visitou, há várias outras fronteiras que ele pode alcançar. Ele pode atingir redes de países aliados dos Estados Unidos, como o Reino Unido, afetar o Brasil ou, até mesmo, voltar para seus criadores, nos EUA.

Outros especialistas apontam que é bem possível que outras usinas espalhadas pelo mundo também possam ter sido vitimadas pelo Stuxnet, e várias outras devem ser afetadas em um futuro próximo, enquanto as empresas tentam solucionar o problema dos pendrives infectados.

Via Motherboard (VICE)